Nada instiga mais a memória de um grande evento esportivo do que uma boa foto. Quando fechamos os olhos para lembrar de um evento que mexeu profundamente com nossas emoções, é a imagem da foto que surge, gravada em nossa mente.

Quem se esquece de uma fotografia tirada por Neil Leifer de um Muhammad Ali jovem, parado em frente a um derrotado Sonny Liston, com aquele olhar de arrogância que o ajudaria a se tornar o lutador mais comentado na história do esporte?

A intensidade emocional do famoso clique de um Jesse Owens desafiador, em pé no pódio das Olimpíadas de 1936 no meio de saudações nazistas e um olhar fixo de Adolf Hitler raivoso com o fato de que um homem negro ter derrotado a invencível raça ariana.

Ou, a foto da "Mão de Deus" mostrando Diego Maradona bater Peter Shilton para fazer a bola entrar, na vitória da Argentina por 2 a 1 sobre a Inglaterra na Copa de 1986, quatro anos depois de os dois países estarem em guerra nas Ilhas Malvinas.

Esporte não é nada sem imagem.

Para a imagem durar uma eternidade, precisamos de alguém no ponto certo, no momento correto, para tirar a foto perfeita.

Com o mundo do pôquer não é diferente.

Quando o pôquer e as lentes da câmera se encontram

Esse desafio singular, em que as pessoas participam de um jogo de cartas por milhões de dólares, cativa pessoas do mundo inteiro. E para o jogo alcançar ainda mais olhares, precisamos que nossas imagens voem.

Fabian Grubler é uma daquelas pessoas de pé com uma câmera, pronto para tirar a foto perfeita e deixá-la voar, mas ele é muito mais que um fotógrafo de pôquer. Grubler não tira fotos, ele conta histórias.

Tudo através do clique de um botão.

Mas, quando ele clica no botão? Como os artistas sabem onde estar e quando fotografar? Fabian Grubler trabalhou excessivamente para se destacar ou, de alguma forma, ele nasceu com o dom em seu DNA?

"Sempre fui a criança que, nos feriados em família, ficava embaixo da mesa da cozinha com uma câmera pequena e barata apontando e procurando por novos ângulos e perspectivas", explicou Grubler para mim durante nossa entrevista. "Estava sempre tirando fotos, e as pessoas me diziam quão incríveis elas eram, e quão inovadoras eram minhas perspectivas, e perguntavam por que eu não comprava uma câmera de verdade?

"Em 2012, eu estudei literatura e linguística alemã na Alemanha. Meu irmão era o engenheiro de software de uma escola de pôquer on-line fundada por Markus Golser e Johannes Strassmann, que infelizmente faleceu. Eles estavam procurando por escritores de conteúdo, e por conta dos meus estudos e interesse em pôquer, me contrataram. Escrevi artigos enquanto estudava e fiz isso por dois anos.

Depois de dois anos, trabalhando de casa, eles me convidaram para Vienna para trabalhar em seu escritório. Planejei ficar lá por apenas algumas semanas, mas, no final, foram seis anos porque me mudei para lá. E foi nesse momento que comprei minha primeira câmera de verdade e comecei a brincar com ela por aí.

"Eles me enviaram ao WPT Vienna em 2012. Foi meu primeiro torneio. Me pediram para escrever sobre o evento com certo foco em Markus e Johannes, mas peguei minha câmera e comecei a tirar algumas fotos.

"No final, uma delas veio a ser a capa de uma das maiores revistas sobre pôquer da Alemanha. A revista usou muitas de minhas fotos, mas a foto de capa era de Ben Wilinofsky, que terminou em terceiro, e se tornou uma foto icônica, e acho que o resto, como eles dizem, é história".

Phil IveyPhil Ivey - WSOP 2012

Estar no lugar certo na hora certa

Então, Grubler desenvolveu uma carreira fora do mundo do pôquer sem querer. Mas como ele conseguiu tirar aquela foto icônica do antigo campeão da turnê de pôquer europeia (EPT)? Não foi sem querer. Grubler estava no lugar certo no momento certo por conta de instinto.

"Acredito que muito disso foi desenvolvido ao longo dos anos. Quando comecei, estava mais interessado em encontrar perspectivas legais em uma foto. Quando adolescente, amava os filmes de Quentin Tarantino e Oliver Stone, principalmente as tomadas legais com ângulos amplos. Alguns filmes simplesmente têm esse olhar diferente, e eu era obcecado por eles. Então, quando comecei, estava procurando por essa abordagem visual artística.

"Ao passar do tempo, as coisas se desenvolveram de forma diferente. Agora, trata-se apenas de capturar os momentos. Esses momentos que acontecem em um milissegundo e somem para sempre. Você tem de antecipá-los. Se você só apertar o botão quando eles chegarem, será tarde demais. Eu desenvolvi um método para estar lá antes de acontecer.

"Eu também faço fotografia documentária. Gosto de contar histórias. Gosto que as pessoas vejam minhas fotos e se emocionem. Mas quando comecei, eu era essa criança obcecada com perspectivas boas e um desejo de fazer as mesmas coisas que meus ídolos. Aprendi sobre emoções e capturar a essência de um momento bem depois".

Por que ele escolheu a fotografia, ou a fotografia que o escolheu?

“Está dentro de mim. É meu eu natural. É quem eu sou. Acho que está no meu sangue”.

O DNA de um fotógrafo

Se não estiver em seu sangue, quem o colocou lá?

"Meu avô era um fotógrafo famoso nos anos 50. Ele tinha exposições em toda a Europa. Meus dois avós eram austríacos. Só conseguia vê-los uma ou duas vezes no ano, e planejava contar ao meu avô que tinha me tornado um fotógrafo profissional, mas ele faleceu antes de eu ter a oportunidade. Ele ficaria tão orgulhoso de mim por seguir seus passos, e em sua cidade natal.

"Não estou usando um enorme clichê ao dizer que a fotografia está em meu sangue. Eu acredito nisso. Nunca tive de pensar sobre os aspectos técnicos da fotografia. As pessoas me perguntam todas essas coisas sobre definições. Não importa. A fotografia não é sobre os aspectos técnicos. As pessoas batalham tanto com a velocidade do obturador, abertura e ISO, mas para mim, é uma parte de quem eu sou. Quando entro em uma situação, dou uma olhada em volta, vejo como a luz reflete, quão clara ou escura ela é, como o fundo está. Eu absorvo essas coisas automaticamente em alguns segundos. Eu sinto tudo. Não preciso pensar. Principalmente, não sobre esses ajustes. Eu sinto o ambiente; não preciso adivinhar ou tirar fotos de teste. Eu sinto; clico, BOOM, eis a exposição perfeita. É um estado de fluxo onde tudo se encaixa naturalmente. Vem de dentro de mim".

Pedi para Grubler se aprofundar mais sobre sua descrição de fluxo.

"Estar ‘no momento' descreve isso muito bem. Quando chego no evento, entro no ambiente. Meus sentidos são muito apurados. Não olho e penso. Eu sinto e antecipo. Fico tão focado que sinto as vibrações, e essa é a mágica de se estar no lugar e momento certos. É nesse momento que você absorve tudo. Não é um acidente. Eu sei, intuitivamente, que algo está prestes a acontecer.

"Quando trata-se da fotografia de pôquer, o que importa são as pequenas coisas. Pense nisso, o que você está olhando é um grupo de jogadores sentando em uma mesa com aparência de tédio. Se você não tiver a intuição ou o sentimento para capturar os momentos mais rápidos, você não terá nada além de um lote de fotografias entediantes.

"Trata-se de ter uma intuição nessas situações. É a pequena dica de um sorriso ou uma cara engraçada, ou até um olhar mais intenso. Ao longo dos anos, analisei milhares de fotos, e a diferença está, na maior parte, nos olhos. O jogador olha as cartas ou apenas encara para o lado de forma aleatória e em pensamento, e parece entediado, mas por um milissegundo os olhos percebem e Boom!, você tem seu clique. Geralmente eu sinto antes de os olhos perceberem. Se você clicar quando os olhos já estiverem atentos, geralmente é tarde demais porque eles desviam o olhar novamente de forma rápida. Você tem de sentir e antecipar quando isso acontecerá. Você está absorvendo a ação; você ouve uma pequena risada, você vê um pouco de movimento na mesa. Todas essas coisas acumulam-se em uma total intuição, estado de fluxo emocional. É, de certa forma, uma coisa espiritual. Parece loucura, mas é assim que me sinto".

A transformação do fotógrafo de dentro para fora

É junho de 2013, e estou sentado em um restaurante no Wembley Stadium comendo uma salada e bebendo um copo de água. Fabian Grubler, de quem roubei fotografias, durante seu primeiro evento em Viena, está sentando na minha frente.

Conversamos sobre minha decisão, quatro anos antes, de largar o álcool e como isso mudou minha vida. Grubler ficou absorto, e fez muitas perguntas. Eu podia ouvir as engrenagens mexendo dentro de sua mente.

Ele vestia um gorro antigo, apesar do calor, e apesar de ser um cara bonito, ele era um pouco devagar e gorduchinho. Um ano depois, Grubler tinha se transformado por completo tanto por fora quanto por dentro.

Transformation

Perguntei a Grubler, "sua transformação coincidiu com uma melhora em seu trabalho?"

"Acredito em destino e que nada acontece sem um motivo. Quando acordei hoje, me preparando para nossa conversa, apareceu um lembrete do Facebook de que, há exatamente seis anos, postei meu primeiro álbum de fotografia de pôquer. Olhei para as fotos e pensei, "Meu deus, elas são ruins".

"O lado do talento e o conhecimento que você tem sobre o pós-processamento evoluiu ao longo dos anos com mais experiência e pesquisa. Mas acredito que esse lado mais intuitivo, capturando emoções e pintando os momentos, mudaram porque eu mudei. Eu estava tão preso em minha cabeça naquela época. Melhorei esse lado da minha fotografia ao mesmo tempo que fiz alterações significativas em minha vida. Há um sentimento de alívio às minhas fotografias, alinhado à forma como me sinto espiritual e fisicamente".

O valor de um fotógrafo de pôquer

Em minha experiência trabalhando em torneios ao vivo, o fotógrafo sempre foi o membro menos valorizado da equipe quando se tratava de remunerações. Me disseram muitas vezes para tirar fotos enquanto escrevia, e quando me uni à indústria, não vi o valor de uma foto ou outra.

Conversei com Grubler sobre isso para ver se as coisas mudaram. Queria saber se o cliente sabia por que estavam contratando fotógrafos e como seria se sentir um, hoje.

"Acho que a maioria dos clientes só quer fotos. Eu não acredito que eles veem o que eu vejo. Para a maioria deles, sou só um cara com uma câmera, e eu lutei com isso por um longo período. Eles não apreciam a arte e todas as coisas que estão presentes em uma ótima fotografia. Para esses clientes, é uma necessidade ter fotos para o blog e mídia social, e assim por diante, e é só no que eles pensam. É algo que sempre odiei nesse trabalho. Frequentemente não recebemos o valor que merecemos.

"Tudo aquilo mudou com o 888. Foi um dos raros momentos onde recebi tantos comentários positivos e me senti valorizado. As pessoas gostavam do que eu fazia e não olhavam para mim como uma necessidade. Sinto muito amor e valorização na equipe. Eles contratam você porque amam seu trabalho. Eles são um dos poucos clientes que me valorizam muito por meu trabalho. Recebo comentários positivos de pessoas a todo momento, mas eles os levaram a outro nível. Eles me respeitam e me valorizam como um artista e não olham para mim apenas como um homem com uma câmera".

Para quem ele está tirando as fotos? Quando ele olha por baixo da barreira das lentes, ele pensa sobre a empresa pagando a ele por sua foto? O jogador que está prestes a ter uma nova foto de perfil do Facebook? Ou está fotografando para ele mesmo?

"Por um lado, é o racional a se fazer. Vivemos em uma era onde as mídias sociais e fotos são importantes. Imagens são essenciais para todos com uma presença online. Nos dias de hoje, não é possível criar uma postagem legal e engajadora sem uma foto. Então, há um aspecto técnico sobre isso.

"Então, há a importância de ter algo especial. Quando você tem uma empresa como a 888, que tem padrões altos e deseja ser a melhor no mundo, eles precisam estar nesse nível em todos os aspectos que estão realizando.

"É isso o que eu odeio em outras empresas. Eles desejam ser o melhor em seu espaço, mas não querem gastar dinheiro para contratar o melhor fotógrafo. Eles não valorizam as qualidades que abordamos. Eles só precisam de fotos, e eles não se importam em quão boas elas são e se elas são especiais e têm um valor de reconhecimento. Vejo grandes empresas tirando fotos com celulares; isso é loucura.

"Se quiser ser uma empresa de classe mundial, então tudo precisa seguir esse padrão, como fotos, vídeos, escrita, site, design – e eu gosto de trabalhar com os melhores dos melhores e apresentar a eles o melhor trabalho de todos.

"Adoro a sensação de amarem minhas imagens. Então, também tiro fotos para jogadores e imprensa. Quando as pessoas dizem que amam minhas fotos e os jogadores dizem, "Uau!, tenho minha nova foto do Facebook", é tão legal. Adoro deixar as pessoas felizes".

Doyle Brunson - WSOP 2012

Adição de valores como um fotógrafo de pôquer

Como um escritor, estou sempre procurando por formas de adicionar mais valor para meus clientes, e perguntei ao Grubler se há área para os fotógrafos adicionarem mais valor na indústria do pôquer.

"Como um fotógrafo, um dos problemas que você encara muito são pessoas esperando que você seja um blogueiro, fotógrafo e videografista ao mesmo tempo. Eles não entendem que você não consegue fazer todas essas coisas com um nível de qualidade alto. Você pode se sair bem, mas não com classe mundial.

"Muitas pessoas discutem que, como um fotógrafo contemporâneo, você também tem de fornecer videografia, mas eu não penso desse jeito. Para mim, é uma arte, algo a ser dominado e demanda todo o seu foco. Conversamos anteriormente sobre ótimas imagens, sobre ser intuitivo porque você está no estado de fluxo. Você não pode estar neste estado quando está blogando e gravando vídeos. Claro, posso fazer isso tudo, mas a qualidade diminui.

"As pessoas sempre me pedem para fazer isso e eu digo, "Não, eu sou um fotógrafo". Eles não entendem. O 888 não me pede para fazer essas coisas. Eles me apreciam como um artista e me dão liberdade de expressão. Então, para retribuir, estou sempre tentando adicionar valor, fornecendo feedback sobre os eventos e compartilhando meus pensamentos sobre outras coisas além da fotografia, quando sinto que meus seis anos de experiência no mundo do pôquer podem ser úteis. Essa é minha maneira de adicionar valor, mas não sendo um fotógrafo, videografista e blogueiro em uma pessoa.

Outros clientes dizem que não podem me pagar apenas por fotografia, mas tudo se une com essa coisa de que as empresas não valorizam a fotografia o suficiente. Para eles, não importa se elas são boas, ótimas ou com classe mundial.

"Em nossa era de mídias sociais com a capacidade de atenção reduzida quando você coloca uma foto genérica de um cara sentando em uma mesa de pôquer, ninguém se importa. Nenhum desses jogadores usa sua foto em uma página do Facebook se ela for entediante. Quando as pessoas adicionam uma fotografia como uma foto do Facebook, e tem a marca do 888, isso adiciona um grande valor à marca, e por isso você precisa de ótimas fotos.

"Além disso, o SEO de imagem está se tornando cada vez mais importante. Os metadados e o metatexto nas imagens são relevantes para melhores resultados em ferramentas de busca. E para as grandes empresas, boas imagens são muito importantes, porque elas também as usam para publicidade. E você não pode fazer isso com fotos entediantes".

Prestando atenção aos pequenos detalhes...

Eu concordo que os organizadores de torneios de pôquer precisam contratar fotógrafos de primeira linha se forem criar um reconhecimento de marca notável. Mas o que separa os bons dos ruins? Porque alguém contrataria Fabian Grubler em vez de colocar uma câmera na minha mão e me dizer para tirar algumas fotos básicas para o blog?

"Há duas partes nessa questão. Tenho minha única forma de processar as imagens. Eu desenvolvi meu estilo de alto contraste, linhas branca e preta finas ou fotos de cores extremamente vibrantes. As pessoas amam ver isso.

"E aí temos todas as qualidades que abordamos, o 1% a 2% que tornam uma foto um pouco mais especial. Muitas vezes é difícil dizer o que é, mas está lá. Quando você está em um torneio, todos os fotógrafos estão olhando para as mesmas mesas, jogadores, fichas e ação, a mesma situação de destaque, o mesmo espaço. Mas quando você olha para os fotógrafos, todos eles são diferentes, e não é só o processo que torna esses cliques diferentes , é sua intuição, emoção, narrativa e o olho para os pequenos detalhes.

"Essas coisas tornam minhas fotos atraentes para pessoas e clientes. É a combinação da forma como eles são e a maneira como eles se sentem. Eu presto atenção às pequenas coisas, como os olhos. A intensidade do olhar faz toda a diferença. Os cliques entre um jogador em uma mão e outra são como estar em dois mundos diferentes. Você pode se sentar lá por minutos e esperar até que um jogador jogue uma mão se você for um blogueiro, videografista e fotógrafo ao mesmo tempo, e precisa se apressar para estar em outro lugar.

"O melhor elogio que recebi é quando as pessoas vêm até mim e dizem, "Não pude ir ao evento, mas quando olho para suas fotos, sinto como se estivesse estado lá". Acho que é esse sentimento que você tem que torna minhas fotos especiais".

E elas são especiais.

Veja você mesmo.

Melhores fotos de pôquer selecionadas por fabfotos

 

Ben Wilinofsky Season X WPT Vienna, 2012

"Foi onde tudo começou! Cinco anos atrás, fotografei meu primeiro torneio de pôquer, o WPT Vienna 2012. E esse clique de Ben Wilinofsky acabou sendo a capa da maior revista sobre pôquer da Alemanha.

"Uma história engraçada sobre essa foto é que Ben a usava como foto de perfil do Facebook no momento que conheceu sua esposa, Rada. E quando postei sobre essa foto e o impacto que ela teve em minha carreira, ela comentou no FB que foi a foto de perfil de quando eles se tornaram amigos no FB, e ela a tinha amado. Ela disse, "Essa era sua foto de perfil quando nos tornamos amigos no Facebook! E fiquei tipo "Nossa, que incrível!".

 

Dave ‘Devilfish; Ulliot no ISPT, 2013

"Acredito que seja uma foto muito especial de David Ulliott. As emoções intensas em seu olhar e a expressão com que me olhou, e todas as sensações que você tem quando olha pra ela e pensa em sua vida e morte".

 

Viktor Blom - WSOP 2012

"Amo essa imagem, porque foi uma das raras ocasiões que Isildur saiu do mundo on-line e jogou ao vivo. E é também uma dessas fotos, que combinam muitos elementos de meu estilo de fotografia de pôquer: os closes bem fechados, olhos intensos, branco e preto em alto contraste grossos, luzes pesadas e sombra etc.".

 

Cerimônia do bracelete do WSOP em 2013

"Neste clique, amei tanto o silêncio e a pureza nas emoções. Pois são emoções REAIS e não apenas para câmeras e fotos. Era tão pura e real, um homem ganhando um dos mais desejados braceletes durante uma das séries de pôquer mais importantes no mundo, parado no palco, ganhando o bracelete e o hino nacional começando a tocar. Pense naquele momento e tente imaginá-lo e você terminará com uma foto como essa".

 

Qui Nguyen, campeão do WSOP de 2016

"Uma foto importante para mim. Obviamente, por conta do campeonato mundial, e acho ela uma foto de pôquer clássica legal. Ele a usou como foto de perfil em todas as contas de mídia social por um longo período, e as pessoas começaram a relacioná-la diretamente a ele e sua vitória.

 

 

888Live Austria - Duas cartas para a vitória

"Essa cena ocorreu no primeiro evento que fotografei para o 888poker. Estava no 888Live Snow Limit Event em Innsbruck, na Áustria, no início de 2016. O cara com os óculos escuros estava em uma mão enorme com todas as suas fichas. Todos os amigos se reuniram em volta dele, a tensão subia e aí ele venceu com duas cartas essenciais no river. Simplesmente adoro essas emoções. Aquela foi uma das raras ocasiões em que há essas enormes emoções em uma mesa de pôquer, e consegui antecipá-la e estar lá. Amo todas as expressões nos rostos e também o cara à esquerda que ficou arrasado, gritou e jogou as fichas na mesa. Essas duas fotos ficam ótimas juntas e mostram as emoções de forma linda no pôquer e quão rápido tudo pode mudar".

 

888Live Rozvadov Festival - Bastidores de 2017

"Adoro tirar fotos dos bastidores. Frequentemente, são esses momentos que acontecem longe das mesas que criam as fotos mais legais. São essas cenas que os fãs assíduos que estão assistindo ao pôquer na TV ou lendo blogs não veem na maior parte do tempo. Amo todas as expressões faciais na foto, a cara de surpresa de Matuson e tonkaaa relaxando, Tuchman indo à loucura, e Kassouf apenas parado ali. Amo momentos como esses, que acontecem em um milissegundo e depois vão embora para sempre, e nunca acontecerão de novo".

 

Eliot Hirn - Foto de grupo do 888 Snow Limit Austria ME Champion

"Adoro fotos de vencedores com muitas emoções. Muitas vezes os vencedores estão exaustos após horas de pôquer e não se sentem com vontade de celebrar muito para a foto. É por isso que amo quando todos vão à loucura com seus amigos".

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Lee Davy é um escritor sobre pôquer e repórter ao vivo que trabalhou para todos os principais nomes da indústria, incluindo o WPT, o WSOP e o 888poker.